Você se lembra de como era acessar a internet há 20 anos? O acesso acontecia dependendo do bairro, da operadora, do horário e até as condições do tempo podiam influenciar. Aparelhos celulares eram enormes, apelidados de tijolões. Além disso, era muito caro e isso fazia com o que o acesso fosse extremamente limitado.
As gerações de rede que foram produzidas com o avanço da tecnologia, nos permitiram ganhos que mudaram nossas vidas significativamente. A rede 1G (o G é de Geração) basicamente permitia a comunicação de voz entre aparelhos e marcou pela insegurança e falta de privacidade dos dados. A partir da rede 2G, os aparelhos começaram a diminuir de tamanho e o sinal analógico passou para digital, aparecendo também os pacotes de serviços com SMS.
O novo milênio trouxe a novidade da conexão móvel com a 3G. Agora o acesso às redes sociais e e-mails fora do computador de casa, através de um smartphone, era possível. Ganhamos liberdade e muitas possibilidades.
A 4G, anunciada em 2010, ampliou a velocidade, a capacidade da transmissão de dados e a estabilidade da internet nos celulares. A reprodução de vídeos e jogar online - para o bem e para o mal - veio para marcar a qualidade do acesso.
Todas essas evoluções em tão curto espaço de tempo, dificilmente foram previstas pela legislação. Aliás, a lei realmente não tem a função de predizer o futuro e seria estranho se o fizesse. Para o economista Francês Bastiat, a lei é a organização coletiva do direito individual de legítima defesa. Em tese, o que não está proibido, está permitido e as proibições deveriam ser mínimas, visando proteger o cidadão.
Contudo, muitas legislações municipais criadas para dispor sobre a ocupação do solo se tornaram muito específicas, fazendo de exceções uma regra e ao “proteger” as pessoas pedindo inúmeros de alvarás e licenças, dificultaram bastante a própria evolução da tecnologia e se tornaram o principal empecilho na implantação da nova geração, a 5G.
E por quê dar o passo para a próxima geração de rede? O mundo está avançando para a internet das coisas acompanhado de uma internet 100x mais rápida, permitindo que mais de 1 milhão de aparelhos se conectem por km quadrado, com redução de custos e impactos ambientais. Além das antenas multiplicadoras de sinal do tamanho de garrafas térmicas, muito menores e mais compactas, necessitando de muito menos espaço do que as antigas estações rádio-base que nos acostumamos a ver pelas cidades.
Mesmo percebendo o quanto evoluímos na tecnologia de rede nos últimos 30 anos, com a atual legislação da cidade de Florianópolis - e muitas outras cidades do Brasil - demoraremos 100 anos para implantar o número necessário de antenas necessárias para que aconteça de fato a inclusão digital da Ilha. E não nos enganemos, a inclusão digital é a nova inclusão social.
Se podemos aprender com a história e com o presente, devemos agir e empregar soluções para facilitar o avanço da tecnologia. As soluções são cada vez mais digitais e têm a necessidade de celeridade. E a velocidade é em bilhão de bits por segundo, velocidade 5G. Em breve, 6G. E como não?
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